A atitude de limitar a presença de crianças na festa do "Todo Enfiado" tomada pelo juiz José Brandão Netto atende aos reclames de toda uma sociedade.
A carta abaixo foi encaminhada ao mesmo através de e-mail, refletindo exatamente isso.
Até que ponto deve-se considerar a liberdade?

Olha, é preciso coragem. Parabéns. Está na hora de redefinir o conceitos das "liberdades".
Acho, por exemplo, que houve um equívoco na nova lei de tóxicos; droga é problema de segurança pública e não de saúde pública (e quantos jovens estão usando drogas).
O usuário, além de financiar o crime organizado, com o tempo, desarticula a sua vida profissional e familiar, sendo levado a cometer crimes com vistas a manter o vício.
Podemos fazer mais, o uso do tabaco não foi criminalizado, porém, as campanhas reduziram sensivelmente o seu uso. Será que não podiamos fazer mais no combate às drogas ilicitas e consumo abusivo do alcool? Não podemos acreditar apenas no pseudo poder intimidativo da sanção penal?
Vejo que Vossa Excelência esta tentando efetivamente evitar a última ratio. Evitemos a necessidade de repressão, evitemos o crime.
Vamos ver se atitudes como estas, fomentam uma discussão mais séria sobre o nosso futuro (crianças e adolescentes).
Não defendo o direito Penal do Inimigo, nem tampouco o direito penal frouxo, que em nome das manutenção "das liberdades", a retira do cidadão comum.
Só para exemplificar, fui ao novo terminal turístico de Santo Estevão, sentem-me num restaurante, e, em menos de 30 minutos, três jovens deceram de um carro, abriram a mala e ligaram o som tão alto que não foi possível mais ouvir o que conversa-mos.
Alguém dira: ele tem direito de houvir o som que quiser na altura que quiser.
Perrgunto: eu não tenho o direito de almoçar e conversar com a minha fampilia num dia de domingo? Sou obrigado a ouvir um som a cerca de 100 Db, de uma música de gosto discutível para respeitar o direito de quem chegou depois de mim?
Não quero dizer que esta atitude seja tratada como ilícito penal, mas, penso que há um grande vazio na formação ética, há um esvaziamento da família, aponto de ser necessária a proibição, pasme, por parte do Juiz da Infância e da Juventude para que os pais "consigam" evitar que os filhos assistam a espetáculo tão degradante.
Mais uma vez o parabenizo pela iniciativa e compromisso com o seu ofício, não lave as mãos. Vamos reagir, não somos mais república de "bananas" (aqui no duplo sentido, por que temos um monte de pai banana).
O que me choca é a necessidade de um ato judicial para uma coisa dessas. Onde estão esses pais? Os organizadores desta festa não tem filhos?
Também temos outra questão: o que fazem os jovens de Santo Estevão nos finais de semana? Praticam esporte? Gincanas? Campeonatos de Volei, futebol de salão, atletismo, .....
É o que entendo, salvo melhor juízo.

Um abraço,
Parabéns.

Segue mais um e-mail encaminhado ao juiz da comarca de Santo Estevão.

Dr. Brandão Neto, parabéns pela atitude!
Suas ações, além de coragem, demonstram compromisso social e uma preocupação em mudar o futuro dos nossos jovens e do nosso povo.


Grande Abraço,

Alcina


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